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agosto 17, 2021

Síndrome alcoólica fetal

Síndrome alcoólica fetal (SAF) é o termo utilizado para definir um conjunto de danos causados ao feto pela mãe durante o período gestacional em decorrência do consumo de bebidas alcoólicas durante esse período.

O álcool apresenta a capacidade de transpor a barreira placentária e pode interferir no crescimento e peso fetal, causar dimorfismo facial, danos neuronais e nas estruturas cerebrais, podendo resultar em problemas psicológicos ou comportamentais.

Diagnóstico da síndrome alcoólica fetal

O diagnóstico da síndrome alcoólica fetal pode ser difícil, não existe um exame laboratorial que o confirme, pois existem outros distúrbios, principalmente comportamentais com características parecidas.

É feita uma avaliação clínica geral e com base em alterações físicas e relatos familiares

comportamentais e do desenvolvimento da criança.

Leva-se em consideração a história materna de uso de álcool e os sinais e sintomas relatados acima.

Os danos para criança

O principal efeito da SAF são os danos irreversíveis ao Sistema Nervoso Central (SNC), podendo gerar deficiências funcionais e cognitivas primárias, como problemas de memória, déficit de atenção, comportamento impulsivo e problemas de raciocínio, bem como deficiência secundária, como predisposição para problemas de saúde mental e para dependência química.

Com relação aos danos ao crescimento, observa-se altura e peso abaixo da média. Já falando das características faciais, as principais observadas são:

  • Microcefalia;
  • Microftalmia;
  • Fissura palpebral pequena;
  • Filtro nasal hipoplásico com lábio superior fino e hipoplasia do maxilar.

Em aproximadamente 39% a 50% dos casos, observa-se anomalias cardíacas, sendo os defeitos mais comuns os do septo atrial e do septo ventricular. Alterações esqueléticas também podem ser observadas na SAF, incluindo a sinostose radioulnar, as anomalias de falanges, as malformações vertebrais, a escoliose, a hipoplasia das unhas dos artelhos, dentre outras.

O diagnóstico é feito com base nos achados clínicos, como:

  • Retardo de crescimento pré ou pós-natal;
  • Envolvimento do sistema nervoso, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor e alterações do QI e do comportamento;
  • Dimorfismo facial, sendo necessária a presença de, no mínimo, dois sinais dos descritos anteriormente.

 

Não existe cura para esta síndrome, uma vez que a lesão ocorrida no SNC é permanente. Contudo, existe tratamento sintomático, que envolve, por exemplo, o uso de fármacos e a realização de intervenções comportamentais.

A prevenção da SAF é feita por meio da suspensão completa da ingestão de bebidas alcoólicas pela mulher durante o período gestacional.

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